O secretário-adjunto do Ministério da Agricultura e Pecuária, Pedro Neto, disse que o governo quer garantir R$ 520 milhões para que a Embrapa possa desenvolver pesquisa e inovação agropecuária em 2024. O total é 50,7% maior que o previsto para 2023. O orçamento total da empresa é de R$ 3,6 bilhões.
O tema foi debatido na Comissão Mista de Orçamento (CMO) porque, nos últimos anos, a Embrapa tem dependido de emendas parlamentares para conseguir “fechar o ano”, como explicou a presidente da empresa, Silvia Massruhá. Para 2023, 64 deputados e senadores garantiram pouco mais de R$ 30 milhões em emendas.
Silvia disse que a Embrapa é referência em ciência tropical no mundo e recebe vários convites de cooperação técnica que não pode desenvolver por falta de recursos. São 43 centros de pesquisa no Brasil, como a Embrapa Soja, em Londrina (PR); a Embrapa Uva e Vinho, em Bento Gonçalves (RS); e a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, no Distrito Federal.
Foi anunciado R$ 1 bilhão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), até 2026, mas esse total será utilizado, segundo Silvia, em infraestrutura.
O senador Izalci Lucas (PSDB-DF), que requereu a audiência, disse que vai defender a proibição do contingenciamento dos recursos da Embrapa e sugeriu um programa para que os parlamentares visitem os centros de pesquisa.
O presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário, Marcus Vinicius Vidal, disse que está sendo organizada uma Frente Parlamentar para o Fortalecimento da Embrapa.
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